quinta-feira, 18 de julho de 2013
Borges dizia que...
... a velhice pode ser o tempo de nossa felicidade, porque o animal está quase morto, já, e restam só o homem e a sua alma. Eu, homem, embora já perto de não o ser mais, sinto minha alma cada dia mais sensível e amorosa. Se a frase não fosse pretensiosa, eu diria que sou cada dia mais alma e que o amor é o alimento dela, um amor que, por minha experiência, sei que não posso traduzir, mas que é maior do que todos os Atlânticos e Pacíficos aprendidos por minha geografia. Cada um de nós tem um oceano desses adormecido, esperando apenas o dia de se mostrar ao sol com as ondas que aos meninos, na praia, parecerão cavalos azuis.
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