"E quem poderia negar que a escolha da jovenzinha não fosse uma escolha de loser, que cria a impossibilidade e portanto o pretexto para perder? Que o amor, o amor em si abstraindo quem fosse a amada, não seria um sentimento de loser que se aniquila sob outro sentimento falsamente "maior"? Minha honestidade e bom caráter seriam virtudes mesmo ou vacilação, covardia de quem, entre firmeza e simpatia, fica com a segunda que é cômoda? As veteranas da repartição pública louvavam-me a boa índole, mas as bonitonas davam a boniteza para Almir, colega que lhes oferecia carona e ia logo pegando-lhes na coxa."
(Do romance Crime improvável, publicado pela Ficções.)
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