quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Soneto do pai vilão

Eu sou o fruto gorado
De uma semente lançada
No tempo mais que adequado
E numa terra abençoada.

Nem bem estava plantado,
Já tinha fama espalhada
E já meu nome cantado
E a beleza adivinhada.

Menos se iria esperar
De algo que com a própria mão
O amor quisera plantar?

Gorei no entanto, e hoje sei
Que foi o amor meu vilão.
Por ele é que não vinguei.

Nenhum comentário:

Postar um comentário