Já tantas vezes morri,
Em julho, agosto, setembro,
Três vezes, se bem me lembro,
Por que continuo aqui?
Quem haverá de explicar-me?
Estamos quase em outubro
E tento, mas não descubro
Quando é que irão enterrar-me.
Quando chegar o momento,
Não quero ter monumento,
Apenas uma inscrição:
"Viveu sempre pelo amor,
Foi ele, só, seu senhor,
Sua bênção e danação."
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