sábado, 30 de novembro de 2013
Do intervalo na poesia
Muito mais na poesia que na prosa, o intervalo entre as palavras, o silêncio, ainda que mínimo, entre uma e outra, têm uma função de harmonia. Há, nesses hiatos, e nos maiores, entre os versos, uma expectativa de surpresa, da aparição de um termo, uma imagem de cuja aproximação possivelmente nem o poeta se dê conta. Para usar uma expressão de Caio Fernando Abreu, há nesses silêncios inquietos um murmurar de pequenas epifanias.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário