As mãos já não me obedecem,
Já não confiam em mim.
Sabem que chegou o fim,
E tudo que peço esquecem.
Ah, se ainda agora pudessem,
Em vez de estarem assim,
Escrever o poema enfim
Que há tanto tempo merecem.
Estão com a vida encerrada,
Não servem mais para nada,
Nem para a orelha coçar.
Esperam só o momento
Em que, para o sacramento,
Alguém as venha cruzar.
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