quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
Coadjuvantes
Que tenhamos a sabedoria de, no final da peça, ficar bem no fundo do palco, entre aqueles atores aos quais não coube dizer senão uma fala ou duas ou simplesmente, uma vez em cada ato, entregar bilhetes aos protagonistas. Que ninguém nos veja no momento de atirar flores ou ovos, e possamos sair à rua com o nosso anonimato preservado. Já estivemos entre os que, bem à frente, sob as luzes, se curvaram para chamar aplausos ou desviar-se dos insultos. Hoje, quando chegamos à nossa casa, podemos beber nosso chá com biscoitos sem nos preocupar se o público acha que merecemos ou não bebê-lo. Entregar bilhetes em cena não é algo que seja notado e avaliado.
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