terça-feira, 10 de dezembro de 2013
Com carinho
Por serem só o que temos, cuidamos de nossos fracassos com carinho. Tratamos de suas feridas como se fossem flores, sopramos sobre elas como sopraríamos sobre o rosto de um bebê, para fazê-lo sorrir. Quando ninguém está por perto, conversamos com eles, e os consolamos: não são tão grandiosos nem catastróficos. São fracassos, só. E não deixamos que vejam nossos olhos: que não percebam nem um sinal de nossas lágrimas.
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