quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
No asilo
Haverá tardes em que o dominó não nos bastará e começaremos a contar histórias. Cada um de nós terá seu estilo, e o assunto não variará muito. Um contará sempre histórias de empreendimentos que floresceram antes de desmoronar, um evocará seu sucesso no teatro, uma repetirá sua saga de costureira famosa em Nova York. Um ficará sempre com os olhos úmidos e sonhadores antes de narrar mais uma vez um enredo amoroso do qual terá participado quando ainda podia se manter sobre as pernas. Esse talvez venha a ser eu, se meus lábios não tiverem perdido a capacidade de falar.
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