terça-feira, 10 de dezembro de 2013
Talvez
Talvez, caminhando por uma daquelas ruas do centro, descubramos que o amor andou por ali hoje cedo. Saberemos de sua passagem pelo seu aroma, que nem o asfalto nem a poluição terão conseguido dissipar. O aroma do amor, como se sabe, vem dos seus cabelos. Um toque de brisa e, de repente, na João Mendes, ou na Paulista, ou na Santa Ifigênia, forja-se um instante de encantamento, como aquele dos livros de fadas. Dura pouco, o bastante para que as narinas agradecidas inspirem o ar como se estivessem num campo florido à margem de um regato. Talvez nos caiba aspirar esse aroma sutil que os cabelos do amor terão deixado, para que nos lembremos de que hoje ainda não o cantamos nem celebramos. Celebrar o amor e os seus cabelos é a nossa mais agradável tarefa.
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