sábado, 5 de abril de 2014

Dissemos ao amor,

na hora devida, tudo que tínhamos na alma, no coração, nos lábios ansiosos. Tudo que dissemos nos pareceu exagerado então, juvenil, tosco. Erramos, ah, como erramos. Por que não tivemos na alma palavras mais insanas, sentimentos mais disparatadamente escandalosos, por que nossos lábios não se transformaram em flores, em rosas, quando dissemos aquilo tudo que foi tão pouco? Por que as abelhas não esvoaçaram em torno de nossa boca naquelas vezes todas em que pronunciamos as duas sílabas mágicas que resumem a vida e a justificam?

Nenhum comentário:

Postar um comentário