sábado, 12 de abril de 2014

Soneto do mal que atormenta meu coração

Quanto mais o tempo passa,
Mais forte se evidencia
Que meu amor à poesia
É minha maior desgraça.

Por ela sofro a agonia
De ver tornar-se fumaça
Aquilo tudo que traça
Minha febril fantasia.

Por ela estrelas semeio,
Pela lua cheia anseio,
E nuvens, só, eu desfruto.

Por ela espalho sementes
Em solos inexistentes
E não colho nenhum fruto.


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