quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Soneto do tempo finito

Não há mais tempo nenhum
Para um soneto supino
De feitio alexandrino
E nem para um mais comum.

Devendo ficarei o hino
De concepção incomum
Que prometi a ti, num
Dia longe, dezembrino.

Sinto muito, minha amiga,
Mas essa dívida antiga
Não a poderei pagar.

Morrendo em lenta agonia,
Mais do que um luxo seria
Eu me pôr a versejar.

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