"A ILHA EVANESCENTE
Mal presumimos ter-nos encontrado para sempre
Entre as colinas azuis e essas praias sem areia
Onde passamos nossa noite esvairada em prece e vigília,
Mal colhemos madeira flutuante, fizemos lar
E penduramos nosso caldeirão qual firmamento,
A ilha quebrou-se debaixo de nós qual uma onda.
O solo a nos suster parecia manter-se firme
Somente quando o abraçávamos in extremis.
Tudo o que creio lá ter ocorrido foi uma visão."
(De Poemas, tradução de José Antônio Arantes, publicado pela Companhia das Letras.)
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