sexta-feira, 30 de agosto de 2013

O poeta despojado

Contei aqui, há alguns meses, casos engraçados da época em que trabalhei no Estadão. Hoje me lembrei de um episódio vivido na Visão, por onde andei também. Houve um tempo em que um dos redatores da revista era o poeta Geraldo Pinto Rodrigues. Quando ele foi eleito para a Academia Paulista de Letras, era natural que na seção de Artes fosse publicada uma nota. Nelson Cunha, repórter e colunista da área cultural, fez o texto e, por descuido dele (ou do eterno mordomo da imprensa, a revisão), o poeta foi despojado de um seus sobrenomes. Publicada a edição, recordo-me do Carlinhos Brickmann (tinha de ser ele) gritando no meio da redação: "Nelson, o que você fez com o Pinto do Geraldo?" Nelson olhou aflitamente para Geraldo, mas o poeta manteve-se imperturbável, procurando rimas ricas.

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