sábado, 24 de abril de 2010
Pequenas alegrias urbanas (50) -- Baile
Depois de pisar quatro vezes o pé de seu par e de ouvir grunhidos cada vez menos amistosos como retribuição aos seus pedidos de desculpa, ela viu quase como uma expressão da justiça divina o bofetão que o presunçoso rapaz, o melhor dançarino da festa, levou quando, sacudido por um súbito espirro, salpicou de saliva o pescoço daquele que todos sabiam ser o pior bailarino e o mais explosivo de todos os convidados.
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