sexta-feira, 23 de abril de 2010
Pequenas alegrias urbanas (47) -- A formiga
O menino acompanhou o esforço desesperado da formiga para escapar da bacia com água pela metade, no quintal. Ela lutava, se debatia, chegava ao cantinho de onde poderia alcançar a borda e, quando parecia salva, deslizava outra vez desastradamente para baixo, agitava-se, recomeçava a luta. Quando finalmente ela conseguiu subir até a borda, o menino a empurrou de novo com um peteleco para dentro da água. Com um olhar aceso pela vingança, soprou então o braço, onde a vermelhidão parecia agora ter aumentado. Antes de ir para dentro e procurar outra coisa para fazer, olhou pela última vez para a formiga. Pensou que podia nem ter sido aquela, mas foi um pensamento que logo se desfez.
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