Andei já pela Cursino,

conversei com as alfaces e, andando de volta para casa, vim tomando nota do que elas me disseram. No caminho notei um homem que falava sozinho. Para benefício de sua saúde, procurei ver se ele conversava com alguém pelo celular. Não tinha celular. Falava com a sua solidão, talvez uma dessas solidões tão familiares que a gente até já chama pelo nome. Pobres tipos, esses velhotes da nossa cidade. Um pouco adiante, observei que me apontavam. Meu bloquinho e eu já estamos habituados a isso. Que bela figura devemos fazer nós dois. Ele e eu ameaçando derrubar postes para anotar ninharias. O que as alfaces me disseram? O que vocês já sabem: que o mundo é muito triste.