sexta-feira, 19 de abril de 2013
E chegam os amargos dias...
... nos quais pensar em quem tanto pensávamos dói, dias em que não queremos mais receber nenhuma notícia da pessoa amada, nem uma sequer, porque sabemos que as palavras que virão nos farão sentir de novo a tentação das cordas e dos viadutos. E, no entanto, como nós esperávamos outrora um monossílabo qualquer que ela nos dissesse, ou que alguém dissesse sobre ela! Aguardávamos às vezes semanas por um "oi" como se fosse - e era - a mais rica das palavras, obtidas pela mais certeira alquimia. Tememos agora referências a ela como um sentenciado à cadeira elétrica teme o anúncio do dia em que nela se sentará. Se alguém nos perguntar "sabe quem eu vi hoje?", calaremos sua boca antes que ele cometa a crueldade de nos dizer cada uma daquelas circunstâncias que pode nos matar: onde, como, com quem.
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