sexta-feira, 19 de abril de 2013
Hora de dizer...
... boa noite. Não posso queixar-me do meu dia. Não precisei renunciar a nenhum dos meus princípios. Não tive motivo para abandonar a tristeza nem o ceticismo (usado aqui como eufemismo de desesperança). Quem imaginar que isso tudo não passa de coisa de ranzinza talvez esteja certo, e é até bom que assim seja. A alegria e a esperança são coisas de jovens e eu - já um legítimo macróbio - devo defender aquilo que por direito me coube. A ranzinzice é uma conquista da qual não quero abrir mão. Não pretendo sair dançando pagode nem sertanejo por aí. Não penso em bancar o velhinho simpático. Acredito que haja gente da minha idade realmente feliz. Ótimo. As exceções são necessárias. Mas eu não estou disposto a sorrir nem mesmo se vierem aqui em casa a Zelda Melo e o Márcio Canuto com as câmeras da Globo e me pedirem com jeitinho. Estou descrente das coisas e das pessoas (a começar por mim). Isto corre o risco de parecer humorismo. Não é.
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