sábado, 21 de setembro de 2013

Agenda

Fomos tratar de nossas coisas, de comprar nossos açúcares e farinhas, de passar um traço nos itens de nossa lista. Como o sol matinal escorria gentil sobre nossos ombros, nós nos detivemos um pouco mais na rua. A agradável brisa nos contou histórias amenas. E, porque estava delicioso andar, andamos. E estendemos esse andar pela tarde, sob o sol que agora, perdida a timidez, nos beijava o corpo inteiro, enquanto a brisa, também mais confiante, nos contava histórias de namorados e de como se comportavam suas mãos no parque. Quando voltamos, era quase noite. Chamamos o nosso gato, chamamos, e, depois de procurá-lo por todos os cantos, vimos que ele havia se cansado de nos esperar e fugira. Assim aconteceu também com o amor, num dia remoto em que o sol perverso e a brisa manhosa nos entretiveram. O gato talvez volte. O amor nunca voltou.

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