segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Soneto das más recordações

Não sou feliz nem serei.
Me entreguei, cedo demais,
A desvairados ideais
Que nunca conquistarei.

Por eles, quanto eu lutei!
Combates monumentais,
Derrotas descomunais.
Lutei, fraquejei, parei.

Da vida já no final,
Se me resta ainda um ideal,
É o de os ideais esquecer.

Que eu possa logo olvidar
O que não quero lembrar,
Pois recordar é morrer.

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