terça-feira, 3 de setembro de 2013

Soneto do amor com seu megafone

Algumas vezes, distante,
Começa a vir até nós,
Melífluo, morno, insinuante,
O apelo daquela voz.

Alguns instantes após,
Já bem mais forte, triunfante,
Esmerando-se em ás e ós,
De nossa casa está diante.

Essa voz quer ainda uma vez
Fazer aquilo que fez
Conosco tempos atrás.

É a voz do amor nos tentando,
Suas virtudes cantando
E ocultando as coisas más.

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