"O momento é dos fregueses-família, gente casada bem e considerável. Rápidos como galos, pagam direitinhamente, até antes. E se mandam, educados. Aqueles mesmos, se beberem, viram mandões, depravam, dão cinema, fazem e acontecem, uma trabalheira. Ficam machinhos. Encapetados, querem. Porque querem. Fazem questão. Insistem e batem o pé. Exigem mulher que batalhe nas três armas. Não bebidos, fazem nenhuma exigência, na cama contentam-se logo num papai-e-mamãe. Inda mais que precisam evitar vexames. De caras limpas, são, de longe, os homens melhores para um faturamento bom. E, logo-logo, desguiam da Lapa, feito umas formiguinhas ladronas."
(Do conto "Maria de Jesus de Souza (Perfume de gardênia)", do livro Abraçado ao meu rancor, publicado pela Editora Guanabara.)
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