"Nem pode haver ocupação mais provinciana. Os redatores gostariam de ser intelectuais de letras, fortes pensadores, como julgam ser os lá de fora: um Malraux, um Camus, um Sartre. Os repórteres, alguém aí parecido com Jack London ou Hemingway, que julgam terem vivido grandezas aventureiras. Os diagramadores adorariam chegar a artistas plásticos, famosos e ricos, além de disputados. Já os fotógrafos sonham com Buñuel e Bergman. Todos. Ou quase, que nem todos poderiam fazer a profissão com nojo igual."
(Do conto "Abraçado ao meu rancor", do livro homônimo, publicado pela Editora Guanabara.)
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