segunda-feira, 28 de outubro de 2013
Kama Sutra - CDXVI
Tinha uns olhos dúbios, castanhos, de especialista em práticas de alcova. Às quatro da manhã, nos ambientes enfumaçados, quando cessava o som da derradeira música e ele saía para a madrugada, seus olhos eram já de um vermelho amarelado e crepitante como o das fogueiras. As mulheres todas o seguiam, deixando no ar um cheiro viscoso e úmido de desejo. Ao chegarem à sua casa, notando seus cascos, elas gemiam de prazer adivinhado e apalpavam seu rabo pontudo e pulsante, enquanto ele, para espicaçar-lhes o desejo, adiava o instante de mostrar-se inteiro.
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