Com os outros ficará o dever
de levar flores e conforto
Quando chegar a nossa vez
não precisaremos exibir
lágrimas nem dor
Estaremos até proibidos
por uma contingência da peça
pela vontade do autor
que nos deu o papel de morto
Por exigência do figurino talvez
nos coloquem no bolso um lenço
mas ninguém se atreverá a resgatá-lo
nem nós ousaremos ofertá-lo
Que cada um leve o seu
e chore compenetradamente
enquanto pensa astutamente
antes ele do que eu.
segunda-feira, 18 de novembro de 2013
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