"Sobre os russos. Concordo que as traduções são terríveis. A monotonia que os caracteriza é tão estranha e é exatamente isso que uma história não deve ser. Parece uma superimposição. Mesmo assim, embora eu deteste concordar com tantos críticos tolos, confesso que acho Tchekhov um escritor maravilhoso. Penso que uma história como No exílio - ou Perdido - é, de fato, incomparável. (Faz anos que li Maupassant: preciso lê-lo novamente.) E, depois, Tolstói. Bem, você sabe, a viagem de Ana no trem, quando ela vê que Vronsky também está viajando para São Petersburgo, e toda a figura de Ana - quando eu penso quão real, quão vital, quão vívida ela é para mim, acho que jamais serei suficientemente grata a Tolstói. Com grata quero dizer: cheia de louvor a ele, pelo texto que ele escreveu."
(De Diário & cartas, tradução de Julieta Cupertino, publicado pela Editora Revan.)
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