"Amada Mãe, a Igreja inverna,
Mas é quente e viva a Taverna;
E afirmo que tal alegria
Nos céus não terá serventia.
Mas se nos dessem lá na Igreja
Calor para a alma e Cerveja,
O dia inteiro louvaríamos
E de lá nunca sairíamos.
Ébrio, o Pastor pregaria,
Trazendo a todos euforia.
Nem mesmo a Beata, em sua inocência
Nos sovaria em penitência.
E Deus, ao ver em sua cria
A sua própria alegria
Com o Diabo faria as pazes,
Dando-lhe um beijo, álcool e trajes."
(De "Canções da inocência e canções da experiência", tradução de Gilberto Sorbini e Weimar de Carvalho, publicado pela Disal Editora.)
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