quarta-feira, 14 de maio de 2014

Cotação do dia (II)

Ter escrito tanto, e não poder apresentar algo sequer parecido com um dos poemas de Robert Louis Stevenson que transcrevo hoje aqui, me põe na alma mais uma daquelas farpas que a vêm pungindo, uma daquelas instigações que os suicidas tão bem devem conhecer. No banquete da literatura, tenho sido apenas um comensal. Vou sempre de mãos vazias, sou sempre quem desfruta. Nada acrescento à mesa que olho com meus olhos cúpidos. Na vida tenho sido assim, também. E no amor. Por isso é que o sol, quando vem me chamar de manhã, me encontra com este rosto culpado. Mais uma quarta-feira, mais um dia. Quantas, quantos mais?

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