sexta-feira, 16 de maio de 2014
Maçãs
Ela aperta os próprios seios como os apertavam as mãos amorosas da amiga em noites já distantes e, tentando imitar-lhe a voz, pergunta a si mesma como lhe perguntara a amiga: de quem são estas maçãs aqui? São tuas, são tuas, responde com a própria voz gozosa, e liberta do sutiã as duas frutas, como se aqueles lábios gulosos e cruéis das antigas noites estivessem ali, ansiosos para comê-las.
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