Não há dor mais dura que essas
Que nos martirizam quando
Vão todas se desmanchando
As nossas caras promessas.
Um sonho, quando é de amor,
Se morre, dói atrozmente,
Mais funda e profundamente
Do que nenhuma outra dor.
Porém queixar-nos seria
Até uma hipocrisia,
Mesmo que pior ela fosse.
Pois também não há lembrança
Tão agradável, tão mansa,
E mais nenhuma tão doce.
sábado, 24 de maio de 2014
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