Quando é mais solicitado,
Com mais ímpeto e fervor,
Menos se oferece o amor
E mais se faz de rogado.
Tem esse hábito arraigado
E, como um legislador,
Dá ao hábito o valor
De projeto promulgado.
A quem mais coisas lhe pede,
Nada, nunca, ele concede,
Nem por mal e nem por bem.
Quem mais dele necessita
É quem o amor mais evita,
E, se algo dá, é desdém.
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