Cantei todos os cantos
invoquei todos os santos
e mais outros tantos
e daí?
Minhas flores mais raras
minhas rosas mais caras
e minha alma num estojo
ofereci
Disseram-me ai que nojo
flores sem perfume
rosas cheirando a estrume
e que alma fedorenta
é essa aí
E todos os dias
e todas as noites
e de madrugada
a mais desgraçada
de todas as vidas
vivi
E quando não aguentava
(e quantas vezes
não aguentei)
as unhas no peito enterrei
e estrangulei o coração
e sucumbi
Assim
mil vezes
mil vezes mil
vezes
morri
Mas resta-me ainda
uma morte
que por teu mérito
e meu cavalheirismo
quando eu a morrer
quero morrê-la
integralmente por ti
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
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