"Não matei meu pai, mas às vezes tinha a impressão de que o havia ajudado a ir desta para a melhor. E, não fosse por ter coincidido com um evento marcante em minha evolução física, sua morte pareceu insignificante quando comparada ao que veio depois. Minhas irmãs e eu conversamos sobre ele na semana seguinte à sua morte, e Sue sem dúvida chorou quando os enfermeiros da ambulância o levaram envolto num cobertor de um vermelho muito vivo. Ele era um homem de saúde precária, irascível e obsessivo, com mãos e rosto amarelados. Só estou contando a historinha da morte dele para explicar como aconteceu de minhas irmãs e eu termos uma quantidade tão grande de cimento à nossa disposição."
(Do livro O jardim de cimento, tradução de Jorio Dauster, publicado pela Companhia de Bolso.)
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