sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
Obrigado
Quando nos vimos pela primeira vez, eu estava alegre. Não foi falsidade minha. Eu estava alegre, mesmo. Era uma exceção, uma raridade quase inconcebível. Não, eu não estava alegre, só. Eu estava feliz. Hoje, passados tantos dias e noites sobre aquela manhã, tantas angústias e sofrimento, eu lhe agradeço por ter feito daquele instante o único em que senti abalada a minha convicção de que a vida é triste. Abençoada seja por me haver devolvido rapidamente ao meu destino, à minha vocação, por ter me mostrado que a felicidade é mesmo, como eu sempre pensei, um acontecimento único, não uma dessas baboseiras que as revistinhas de trivialidades prometem tornar acessíveis se seguirmos dez regrinhas, todas muito simples.
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