quarta-feira, 3 de abril de 2013

Castigo

À noite às vezes eu ouço
Gritos profundos de dor
E já sei que é o pobre amor
Gemendo no calabouço.

Se lembras ainda as cantigas
Que ao teu poder submetido
Ele compôs comovido,
Por que então o castigas?

Se lhe dás esse castigo
Porque foi rude contigo,
Tu tens inteira razão.

Porém, tendo ele implorado
De modo tão reiterado,
Por que não lhe dás perdão?

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