terça-feira, 4 de junho de 2013
Maravilhosa manhã...
... esta, para os que a merecem. Já ouço os passos deles, os cantos com que louvam o sol. Caminham com o sorriso de homens confiantes, vão à conquista do que lhes reserva o dia. As ruas, as alamedas, as avenidas se abrem para eles, como mulheres longamente necessitadas daquele afeto estreito que só um contato corporal pode proporcionar. Elas todas, as ruas, as alamedas, as avenidas, as mulheres os esperam com seu cio matutino. Eu, se sair, irei no máximo três ruas adiante de casa, depois de trancar muito bem todas as portas e vedar todas as janelas. Temo que alguém descubra a gaveta em que, com meu persistente zelo, cultivo, sem sol e sem água, a flor amarelecida de minha ternura.
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