"Mas durante o ato sexual nenhuma mulher preserva a grandeza por muito tempo. Não demora para que os jovens senhores se permitam liberdades encantadoras, que continuam também ao ar livre. Ninguém mais abre a porta do carro. Ironias sobre certas faltas de habilidade são despejadas. Em seguida, mente-se para a mulher, tortura-se, não se telefona com frequência. Propositalmente, não se esclarece quais são as próprias intenções. Uma ou duas cartas ficam sem resposta. A mulher espera, mas é inútil. E ela não se pergunta por que está esperando, pois teme a resposta mais do que a espera. E enquanto isso o homem, decididamente, deixa outras mulheres, em outra vida, se acostumarem a um tratamento."
(Do romance A pianista, tradução de Luis S. Krausz, publicado pela Tordesilhas.)
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