"Sobre os velhos mestres. O que eu sinto sobre eles (todos eles - escritores também, naturalmente) é que, quanto mais se vive com eles, melhor para nosso trabalho. É quase um caso de vivermos dentro de um mundo ideal - o mundo que desejamos expressar. Você sabe o que quero dizer? Por essa razão, acho que, se me apoio em homens como Chaucer e Shakespeare e Marlowe e até Tolstói, mantenho-me muito mais próxima daquilo que quero fazer, do que se confundir as coisas, lendo uma porção de homens menores. Gostaria de fazer dos velhos mestres meu pão de cada dia - no sentido mesmo em que é usado no Pai-Nosso -, fazer deles uma espécie de alimento essencial. Todo o resto - bem - vem depois.
(Do livro Diário & cartas, tradução de Julieta Cupertino, publicado pela Editora Revan.)
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