quinta-feira, 22 de agosto de 2013
Como tudo, no mundo,
somos só a fraca projeção de uma ideia. A avareza, a covardia, a coragem, a pusilanimidade, o rancor nos utilizam como instrumentos. Nunca atingimos, porém, a altura daquilo que representamos. Claudionores, Edivaldos e Franciscos nunca serão capazes de reproduzir esses sentimentos. Só a arte os define em sua inteireza. Madames Bovarys e Annas Karêninas nunca terão o brilho repetido por Lurdinhas e Roselis. Somente o artista tem o dom de nos mostrar toda a beleza da cólera, da cobiça, da premeditação, da falsidade e de tantos outros estados de espírito que, queiramos ou não, são tão atributos do homem quanto o amor, a bondade e outras quinquilharias.
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