quinta-feira, 15 de agosto de 2013
Devo ter...
... gratidão pelos que me ajudaram a ser triste. Devo reverenciar quem se recusou a me dar seja lá o que for. Sou uma planta que se alimenta de dissabores. Minha alma foi expulsa de todos os lugares a que foi. Ninguém mais aguenta vê-la à porta, rogando sempre por mais suplícios. Ela é assim, eu sou assim. Talvez haja algum orgulho nisso. Sofremos como se cumpríssemos uma ordem. Se alguém superar nosso choro, que esteja preparado para suportar a nossa inveja e o nosso despeito. Temos também certa humildade, isso é certo, e é com ela que nos escusamos por tocar teclas tão desagradáveis. São as únicas que temos e, embora possam soar ridículas, nós as consideramos nosso tesouro.
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