sexta-feira, 16 de agosto de 2013
Dos editores e seus dons
A maior parte dos editores que conheci exercia o dom da ubiquidade. Eu telefonava às 14h00 e uma secretária me dizia que o editor tal estava adoentado e em casa. Às 14h05, outra me informava que ele estava em uma reunião. Outro dom que sempre exibiam era a ojeriza à leitura. Seis meses, um ano, dois se passavam sem que eles tivessem tido tempo para avaliar um original. No geral, os mais conceituados eram justamente aqueles que se revelavam mais hábeis tanto na capacidade de estarem em dois lugares quanto na de não encontrarem tempo para a leitura, talvez um item dispensável para o exercício da função.
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