domingo, 4 de agosto de 2013

Galinhas

Persiste nos engradados o cheiro das galinhas, de suas fezes contaminadas pelo medo. Já habituado, o garoto que joga água neles, para lavá-los, não franze as narinas nem presta atenção aos cacarejos derradeiros que o facão do açougueiro vai extraindo dos pescoços aflitos. Coça a braguilha. A loira olhou para ele, ou talvez para o arco-íris que por um instante o sol formou com os esguichos da mangueira.

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