domingo, 18 de agosto de 2013

Kama Sutra - CCXLVIII

Ele observa como se abrem e se fecham em vertiginosa fúria os lábios dela, quando o censuram. Parecem disparar mais impropérios do que aqueles todos que ouve, fascinado. Ele a provoca, às vezes, para ver como a boca se retrai e se distende, como uma serpente lançando o bote. Gosta de beijá-la assim, provando o veneno das sílabas e morrendo fulminado por elas, assumindo as culpas que elas continuam a atribuir-lhe enquanto as engole.

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