"Geralmente a mocidade, sobretudo a mocidade de um tempo de renovação científica e literária, não tem outra preocupação mais do que mostrar às outras gentes que há uma porção de coisas que estas ignoram; e daí vem que os nomes ainda frescos na memória, a terminologia apanhada pela rama, são logo transferidos ao papel, e quanto mais crespos forem os nomes e as palavras, tanto melhor. Digo aos moços que a verdadeira ciência não é a que se incrusta para ornato, mas a que se assimila para nutrição; e que o modo eficaz de mostrar que se possui um processo científico, não é proclamá-lo a todos os instantes, mas aplicá-lo oportunamente. (...) Fujam também a outro perigo: o espírito de seita, mais próprio de gerações feitas e das instituições petrificadas. O espírito de seita tem fatal marcha do odioso ao ridículo."
(Do livro Um defunto estrambótico, de Valentim Facioli, publicado pela Nankin Editorial.)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário