terça-feira, 1 de outubro de 2013

A imagem do amor

A imagem que hoje tenho do amor é a de uma mulher robusta e sorridente, de peitos escapando pela blusa, agachada junto a um homem morto. Ela molha miolinhos de pão no sangue dele e os vai pondo na boca de um cachorro. O amor não é a mulher, nem o cachorro, nem o pão. O amor é o homem. Os peitos estão na cena não por mero ornamento. Se o sangue e o pão não saciarem a fome do cachorro, ele poderá servir-se deles.

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