Eu trago a morte no peito
como um passaporte
como uma licença
como um direito
Não saio de minha residência
sem ela no paletó
nem que a vaca lance raios
nem que Deus tussa
nem que se anexe à Polônia
toda a terra russa
e nem que um pervertido lamba
dos pés à cabeça
a estátua de sal
da mulher de Ló
Não sei se a morte
é um direito constitucional
ou divino
mas sei que
quando chegar a minha ocasião
não admitirei exceção
nem que um causídico
encontre um preceito jurídico
em alguma antiga ordenação.
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
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