terça-feira, 1 de outubro de 2013
O navio da esperança
Quando a vida me oprime mais do que consigo suportar, lembro-me das histórias de romances antigos, em que o herói embarcava num navio qualquer, o primeiro no qual fosse acolhido, e ia com ele para onde o destino o levasse. Havia tempestades, tufões, fome a bordo, pestes, tudo para que no último capítulo o herói, fortalecido pelo sofrimento, retomasse sua vida. Sinto aproximar-se o capítulo derradeiro, e nada de tempestades nem de tufões. Fome também não tenho. Pestes, nenhuma, a não ser que o amor se inclua entre elas. Não vejo como mudar minha vida, a não ser que o navio venha buscar-me em casa.
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