quinta-feira, 1 de maio de 2014
Como definir o amor
O amor será sempre o norte que não soubemos localizar, a imagem que jamais conseguimos captar nem reproduzir. O amor nunca obedeceu aos nossos padrões, sempre caminhou por conta própria e riu de nossos esforços para mudá-lo. O amor é aquela preciosidade que nos será sempre negada em sua inteireza, aquele tesouro que se esconde embaixo de uma das mil novecentas e trinta e oito árvores de um parque talvez em Nairóbi, talvez em Pequim. Se um dia subjugássemos o amor, nós o engaiolaríamos, como se fosse mais um de tantos felinos, e o obrigaríamos a dar reverentemente a pata aos visitantes. O amor é a prova cabalíssima de que nós, homens, não podemos tudo. O amor não submetido é o retrato de nossa pequenez.
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